Por que ensinar xadrez na escolas?
Projeto de lei
Pontos positivos
Justamente como foi dito no início dessa postagem, o xadrez possui inúmeros benefícios, tanto cognitivos quanto sociais e emocionais. Os benefícios cognitivos já foram citados, tais como raciocínio, memória, concentração, atenção, paciência, análise e síntese, imaginação, criatividade, noção espacial, tomada de decisões, etc. Já em relação aos benefícios sociais podemos citar a cooperação, pois, por mais que o xadrez seja um jogo individual, ao final de cada partida é comum entre os jogadores discutir o jogo que acabou, analisando e indicando sugestões de lances e melhorias para ambos. Pelo fato de cada partida ser diferente, os jogadores não encontram problemas em indicar sugestões de lances para seu adversário pois tal jogo é praticamente impossível de se repetir.
No que se refere aos benefícios emocionais posso citar desde o controle emocional até pontos relativos a empatia. Além de se controlar emocionalmente na vitória e derrota, o jogador precisa desenvolver a empatia quanto ao jogador a sua frente pois, quando ganhamos, nossa reação é comemorar, pular e celebrar. Porém, ao pensar no nosso adversário, nos controlamos a fim de não insultá-lo. Além disso, também ensino meus alunos a agirem conforme desejam ser tratados quando perderem. Se ganhou, cumprimente seu adversário e trate-o da forma como gostaria de ser tratado.
Pontos negativos
Nem tudo são flores. O primeiro ponto polêmico no projeto é a palavra obrigatório. Tudo que é obrigatório pode enfrentar resistências. Por mais que seja uma atividade divertida e empolgante, obrigar as pessoas a executarem algo pode ser o primeiro passo em direção ao fracasso. Por experiência própria, obrigar os alunos a jogar xadrez não é uma boa estratégia. Porém, se feita da forma correta, pode trazer benefícios. Vou exemplificar:
Sou professor de xadrez para alunos de 6 a 9 anos. Todos são obrigados a participar das aulas de xadrez uma vez por semana. Pensando nisso, faço com que as aulas de xadrez sejam as melhores, mais divertidas e empolgantes de todas as aulas que frequentam. Com isso, consigo com que uma grande maioria da turma goste e participe da aula. Porém, sempre existem aqueles que não gostam e não querem participar. Meu segredo é: não quer jogar? não jogue. Simples assim. Porém, faço uma tática simples. Se não quer jogar, tudo bem, pode ficar sentado ali sem fazer nada até a aula acabar.
Dessa forma, deixo o aluno “livre” para não jogar, porém, ao observar a aula e ver os outros se divertindo, no final ele sempre volta para a aula. Deixar o aluno escolher é parte importante do processo. Se ele escolhe jogar ou não jogar, ele o faz por vontade própria. Nada é forçado ou obrigado. Ele joga se quiser. Forçar alguém a jogar é o caminho certo para fazê-lo odiar xadrez. Porém, ao deixá-lo livre para escolher, ele volta para a aula por conta própria, pois vê os colegas se divertindo e quer voltar. Mas o segredo também está em deixá-lo sem fazer nada. Se eu deixá-lo fazendo algo mais “divertido” como brincar com algum brinquedo ou conversar com outros colegas, obviamente ele não vai querer voltar ao xadrez. Quando deixo-o sentado sem fazer nada, é claro que jogar é mais interessante, e assim ele volta à aula.
Conclusão
Como diria o poeta, obrigar o xadrez nas escolas é uma “faca de dois legumes”. Se feito da forma errada, será um grande desserviço para o xadrez escolar. Tudo depende do treinamento dos professores e da equipe. Se os alunos se sentirem obrigados a fazerem algo que não querem, será uma revolta contra o xadrez. Porém, se utilizado da forma correta, com o treinamento correto, intuito e dedicação, será um grande avanço para a educação e para o xadrez no Brasil e no mundo.
Alô governantes, prefeitos, vereadores, administradores. Caso precisem de treinamento, entrem em contato com a gente!
Oferecemos todo o material necessário, desde livros, apostilas, videoaulas e treinamento para professores e equipe, bem como consultoria na compra de material necessário.
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Aguardo vocês!
Wellington Melo
Diretor geral
Mearas Escola de Xadrez
Mestre em Educação pela Unb